Lamentações 4:4

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De tanta sede, a língua dos bebês gruda no céu da boca; as crianças imploram pelo pão, mas ninguém as atende.

Significado do Versículo

Lamentações é um livro escrito por Jeremias após a destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C.

Os bebês e crianças mencionados são os filhos dos habitantes de Jerusalém que foram afetados pela fome e sede causadas pelo cerco babilônico.

Eles estão com sede e fome devido ao cerco babilônico que impediu a entrada de alimentos e água na cidade.

Ninguém os atende porque a cidade está cercada e não há acesso a alimentos e água.

"A língua dos bebês gruda no céu da boca" é uma expressão que descreve a extrema sede que as crianças estão sentindo.

Essa passagem pode ser interpretada como uma metáfora para a fome espiritual que as pessoas podem sentir quando estão distantes de Deus.

Essa passagem nos ensina sobre a importância de ajudar os necessitados e de sermos sensíveis às necessidades dos outros.

Podemos aplicar essa passagem em nossas vidas hoje ajudando os necessitados em nossa comunidade e sendo sensíveis às necessidades dos outros.

A mensagem principal dessa passagem é a tristeza e o sofrimento causados pela fome e sede em meio a um cerco militar.

Podemos encontrar esperança em meio a situações difíceis como essa lembrando-nos de que Deus é um Deus de misericórdia e que Ele pode nos ajudar a superar as dificuldades.

Explicação de Lamentações 4:4

A dor da fome infantil em Lamentações 4:4

A passagem bíblica que fala sobre a língua dos bebês grudando no céu da boca e as crianças implorando por pão sem ninguém as atender é uma das mais comoventes da Bíblia. Ela está presente no livro de Lamentações, que é uma coleção de poemas que expressam a dor e o lamento do povo de Judá após a destruição de Jerusalém pelo exército babilônico em 586 a.C.

O versículo em questão é uma descrição da situação desesperadora em que se encontravam as crianças na cidade sitiada. Com a falta de água e comida, muitas pessoas morriam de sede e fome. As crianças, que eram as mais vulneráveis, sofriam ainda mais. A imagem da língua grudando no céu da boca é uma metáfora da extrema sede que as crianças sentiam. E a imagem das crianças implorando por pão sem ninguém as atender é uma representação da falta de ajuda e solidariedade por parte dos adultos.

A história por trás desse versículo é a história de um povo que experimentou o pior que a vida pode oferecer. A destruição de Jerusalém foi um trauma que marcou profundamente a cultura e a religião judaicas. A cidade era o centro da adoração a Deus, o lugar onde estava o Templo, o símbolo máximo da presença divina entre o povo. A perda do Templo e da cidade foi uma tragédia que abalou a fé e a identidade do povo.

Além disso, a destruição de Jerusalém foi acompanhada de uma série de atrocidades cometidas pelos invasores babilônicos. Mulheres foram estupradas, homens foram mortos, crianças foram escravizadas. A cidade foi saqueada e queimada. O que restou foi um cenário de desolação e sofrimento.

Nesse contexto, o livro de Lamentações é uma expressão da dor e do lamento do povo. Os poemas são uma forma de processar o trauma e de buscar consolo em meio à tragédia. O versículo que fala da fome infantil é um exemplo da sensibilidade e da empatia dos poetas que compuseram o livro. Eles não apenas descrevem a situação de sofrimento, mas também se identificam com as vítimas e sofrem junto com elas.

Hoje, o versículo de Lamentações 4:4 continua a ser uma referência para quem luta contra a fome e a pobreza infantil. Ele nos lembra da importância de cuidar das crianças e de garantir que elas tenham acesso a alimentos e água potável. Ele também nos desafia a ser solidários com aqueles que sofrem e a buscar soluções para as injustiças que geram a fome e a miséria.

Versões

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A língua do bebê que mama fica pegada, pela sede, ao céu da boca; as crianças pedem pão, mas não há quem as alimente. Hê —

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Os bebês de Jerusalém morrem de sede; as crianças pedem comida, mas ninguém lhes dá nada.