Gênesis 27:8

A história da ordem paterna para a conquista da bênção

Em Gênesis 27:8, encontramos uma ordem paterna dada por Isaque a seu filho Esaú. Mas para entendermos a importância desse versículo, precisamos voltar um pouco no tempo e conhecer a história da família de Isaque.

Isaque era filho de Abraão e Sara, e havia sido prometido por Deus como herdeiro da aliança que Ele havia feito com Abraão. Isaque se casou com Rebeca e tiveram dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Esaú era o primogênito e, portanto, o herdeiro legítimo da bênção de Isaque. Porém, Jacó, desde a infância, mostrou-se mais astuto e esperto que Esaú, e desejava ardentemente a bênção que pertencia ao irmão.

Um dia, quando Isaque já estava velho e cego, ele chamou Esaú e pediu que ele preparasse um prato de caça para que pudesse comer e, assim, abençoá-lo. Porém, Rebeca ouviu a conversa e, sabendo que Jacó desejava a bênção, elaborou um plano para enganar Isaque. Ela preparou um prato de carne de cabrito, vestiu Jacó com as roupas de Esaú e colocou peles de cabrito em seus braços para que Isaque pudesse sentir que era Esaú.

Jacó, então, entrou na presença de Isaque e, mesmo com a voz diferente, conseguiu enganá-lo e receber a bênção que pertencia a Esaú. Foi nesse momento que Isaque disse a Jacó: "Agora, meu filho, ouça bem e faça o que lhe ordeno: Vá ao rebanho e traga-me dois bons cabritos. Eu os prepararei como gosto e os comerei, para que possa abençoá-lo antes de morrer".

Essa ordem de Isaque para Jacó foi crucial para que o plano de Rebeca fosse bem-sucedido. Jacó obedeceu e trouxe os cabritos, e Isaque, sem saber que estava abençoando Jacó e não Esaú, concedeu-lhe a bênção que pertencia ao primogênito.

Essa história nos mostra a importância da obediência e da fidelidade a Deus e aos pais. Jacó, mesmo tendo um desejo egoísta, obedeceu à sua mãe e seguiu o plano que ela havia elaborado. Esaú, por outro lado, não valorizou a sua bênção e a trocou por um prato de comida. Isaque, por sua vez, mesmo sendo enganado, reconheceu que a bênção era algo sagrado e que deveria ser concedida ao filho que a merecesse.

Assim, podemos aprender com essa história a importância de valorizar as bênçãos que recebemos e a obedecer às ordens dos nossos pais e de Deus, mesmo que nem sempre entendamos o motivo por trás delas.