Números 4:21

A ordem divina para Moisés: a história por trás de Números 4:21

No livro de Números, encontramos uma passagem curiosa que começa com a frase "E o Senhor disse a Moisés". Essa referência bíblica, que se encontra no capítulo 4, versículo 21, é apenas uma pequena parte de uma história muito maior que envolve o cuidado e a organização do tabernáculo do Senhor.

Para entender o contexto desse versículo, precisamos voltar um pouco no tempo, para quando os israelitas ainda estavam no deserto, após terem sido libertados da escravidão no Egito. Deus havia ordenado que eles construíssem um tabernáculo, um lugar sagrado onde Ele pudesse habitar no meio do seu povo.

O tabernáculo era composto por várias partes, cada uma com uma função específica. Havia o átrio, onde as pessoas podiam entrar e oferecer sacrifícios; o lugar santo, onde ficavam o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso; e o lugar santíssimo, onde ficava a arca da aliança, que representava a presença de Deus.

Para transportar o tabernáculo de um lugar para outro, Deus escolheu a tribo de Levi para ser responsável por essa tarefa. E dentro da tribo de Levi, havia uma família específica, os coatitas, que eram encarregados de transportar as partes mais sagradas do tabernáculo, como a arca da aliança.

No entanto, essa tarefa não podia ser realizada de qualquer maneira. Deus estabeleceu uma série de regras e procedimentos que os coatitas deveriam seguir para garantir que o transporte das peças sagradas fosse feito de forma segura e respeitosa.

E é nesse contexto que encontramos a ordem divina para Moisés, registrada em Números 4:21. Deus diz a Moisés que os coatitas não devem nem mesmo tocar nas coisas sagradas do tabernáculo, sob pena de morte. Em vez disso, eles deveriam esperar que Arão e seus filhos, os sacerdotes, cobrissem as peças sagradas com um véu e as colocassem em uma cobertura de couro antes de serem transportadas.

Essa ordem pode parecer um pouco drástica, mas ela reflete a importância que Deus dava ao cuidado e à santidade do seu tabernáculo. Para Ele, não era suficiente que as peças sagradas fossem transportadas de um lugar para outro; era preciso que isso fosse feito de forma respeitosa e reverente.

Hoje em dia, não temos mais um tabernáculo físico para cuidar, mas a lição que podemos tirar dessa história ainda é relevante. Deus se importa com a forma como tratamos as coisas sagradas e com a nossa atitude de reverência diante da sua presença. Que possamos aprender a cuidar do que é sagrado e a nos aproximar de Deus com respeito e humildade.