Jó 34:12

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Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça.

Significado do Versículo

O autor do livro de Jó é desconhecido.

Jó 34:12 faz parte de um discurso de Eliú, um dos amigos de Jó, que está tentando explicar por que Jó está sofrendo.

A palavra "perverta" significa distorcer ou corromper.

Algumas pessoas acreditam que Deus faz o mal porque veem o sofrimento no mundo e não conseguem reconciliá-lo com a ideia de um Deus amoroso e justo.

Neste versículo, a justiça é vista como um valor fundamental e Deus é visto como alguém que não a perverte.

Podemos entender a ideia de que Deus não faz o mal reconhecendo que o mal é uma consequência do livre-arbítrio humano e das forças do mal no mundo.

A palavra "Todo-poderoso" é um título usado para descrever a onipotência de Deus.

Podemos reconciliar a ideia de um Deus amoroso com o sofrimento no mundo reconhecendo que Deus não é o autor do mal, mas pode usar o sofrimento para nos ensinar e nos transformar.

Este versículo é importante para a teologia cristã porque enfatiza a justiça e a bondade de Deus.

Podemos aplicar este versículo em nossas vidas diárias lembrando que Deus é justo e bom, mesmo quando não entendemos o que está acontecendo à nossa volta.

Explicação de Jó 34:12

A crença na bondade divina: a história da passagem que afirma que Deus não faz o mal

A passagem que afirma que Deus não faz o mal é uma das mais conhecidas da Bíblia. Ela aparece no livro de Jó, um dos mais antigos e complexos do Antigo Testamento. Jó é um homem justo e íntegro que, por ordem de Deus, é submetido a uma série de provações, incluindo a perda de seus bens, de sua família e de sua saúde. Jó questiona a Deus e pede explicações para o seu sofrimento, mas não recebe uma resposta clara. Em vez disso, ele é confrontado por três amigos que tentam convencê-lo de que seu sofrimento é consequência de seus pecados.

A passagem em questão é proferida por Eliú, um quarto personagem que surge no final do livro e que se apresenta como um porta-voz de Deus. Eliú critica tanto Jó quanto seus amigos por não compreenderem a verdadeira natureza de Deus. Ele afirma que Deus é justo e que não faz o mal, ao contrário dos seres humanos, que muitas vezes agem de forma injusta e perversa. Eliú argumenta que Deus não é obrigado a dar explicações para suas ações, pois sua sabedoria é infinita e sua justiça é perfeita.

A passagem em si é curta, mas sua importância é enorme. Ela expressa uma das crenças fundamentais do judaísmo, do cristianismo e do islamismo: a ideia de que Deus é bom e justo e que não pode ser responsabilizado pelo mal que existe no mundo. Essa crença é muitas vezes questionada pelos céticos e pelos ateus, que apontam para os inúmeros casos de sofrimento e injustiça que ocorrem na história da humanidade. No entanto, para os crentes, a passagem de Jó é uma afirmação da fé na bondade divina, mesmo diante das adversidades.

A história da passagem em si é complexa e controversa. O livro de Jó é considerado um dos mais difíceis de interpretar da Bíblia, e muitos estudiosos debatem sobre a sua origem, a sua mensagem e o seu propósito. Alguns acreditam que o livro foi escrito como uma reflexão sobre o problema do mal, ou seja, sobre como conciliar a existência do sofrimento com a crença em um Deus bom e justo. Outros argumentam que o livro é uma crítica à teologia da retribuição, que afirma que o bem é recompensado e o mal é punido nesta vida ou na próxima.

Independentemente da interpretação, a passagem de Jó 34:12 é um lembrete poderoso da crença na bondade divina. Ela nos convida a confiar em Deus, mesmo diante das dificuldades e das incertezas da vida. Ela nos lembra que Deus não é um ser humano, sujeito às limitações e às fraquezas que nos afligem. Ele é o Todo-Poderoso, o Criador do universo, o Juiz Supremo. E, como tal, merece a nossa reverência, a nossa gratidão e a nossa confiança.

Versões

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Na verdade, Deus não pratica o mal; o Todo-Poderoso não perverte o direito.

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Na verdade, o Deus Todo-Poderoso não faz o mal e não é injusto com ninguém.