Isaías 36:12

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O comandante, porém, respondeu: "Pensam que o meu senhor mandou-me dizer estas coisas só a vocês e ao seu senhor, e não aos homens que estão sentados no muro? Pois, como vocês, eles terão que comer as próprias fezes e beber a própria urina! "

Significado do Versículo

O comandante mencionado nessa passagem é um oficial do exército assírio.

O contexto dessa passagem é a invasão do reino de Judá pelo exército assírio, liderado pelo rei Senaqueribe.

O comandante está transmitindo uma mensagem de ameaça e intimidação aos homens no muro, dizendo que eles também sofrerão as consequências da invasão.

A expressão "comer as próprias fezes e beber a própria urina" é uma referência à fome e à sede que os habitantes da cidade sitiada teriam que suportar se a invasão continuasse.

O comandante está usando essa linguagem grosseira para chocar e assustar os homens no muro, mostrando que a situação seria extremamente desesperadora.

O objetivo do comandante ao falar dessa forma é desmoralizar os defensores da cidade e fazê-los desistir de resistir.

A reação dos homens no muro não é mencionada nessa passagem.

Essa passagem se relaciona com o restante do livro de Isaías ao mostrar a ameaça que o povo de Judá enfrentava e a necessidade de confiar em Deus para proteção e salvação.

A mensagem geral que podemos extrair dessa passagem é a importância de não ceder ao medo e à intimidação, mas de confiar em Deus em meio às dificuldades.

Podemos aplicar essa mensagem em nossas vidas hoje, lembrando que Deus está sempre conosco, mesmo nas situações mais difíceis, e que podemos confiar nele para nos proteger e nos guiar.

Explicação de Isaías 36:12

A ameaça do comandante assírio aos habitantes de Jerusalém

A passagem bíblica em questão descreve um episódio ocorrido durante o cerco de Jerusalém pelos assírios, no século VIII a.C. O comandante assírio, Senaqueribe, enviou um emissário para negociar a rendição da cidade, oferecendo termos vantajosos para os habitantes. Porém, o rei de Judá, Ezequias, recusou a proposta e confiou na ajuda divina.

O emissário assírio, então, dirigiu-se aos soldados e civis que estavam sobre as muralhas da cidade, em hebraico, para que ouvissem bem suas palavras. Ele tentou persuadi-los a se renderem, argumentando que o rei de Judá não poderia protegê-los dos exércitos assírios, que já haviam conquistado outras nações poderosas.

Os habitantes de Jerusalém, porém, ficaram em silêncio e não responderam às provocações do emissário. Então, ele mudou de tática e começou a insultá-los, dizendo que eles não tinham esperança de sobreviver e que seriam submetidos a uma morte horrível. Foi nesse contexto que ele proferiu a frase que se tornou famosa: "Pensam que o meu senhor mandou-me dizer estas coisas só a vocês e ao seu senhor, e não aos homens que estão sentados no muro? Pois, como vocês, eles terão que comer as próprias fezes e beber a própria urina!"

Essa ameaça era uma forma de dizer que, se a cidade não se rendesse, os assírios a sitiariam até que a comida e a água acabassem, levando os habitantes a comerem até mesmo suas próprias excreções para sobreviverem. Essa prática era comum em situações extremas de cerco, mas também era considerada uma das piores formas de humilhação e degradação.

No entanto, a resposta dos habitantes de Jerusalém foi de coragem e fé. Eles confiaram na proteção divina e resistiram ao cerco, que acabou sendo levantado misteriosamente, segundo a tradição bíblica, por um milagre de Deus. Essa história é um exemplo de como a fé pode dar forças para enfrentar situações difíceis e de como a coragem pode vencer o medo e a opressão.

Versões

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Mas Rabsaqué lhes respondeu: — Você pensa que o meu senhor me enviou para dizer estas palavras apenas a você e ao seu rei? Ele me enviou para falar também aos homens que estão sentados sobre a muralha e que, junto com vocês, terão de comer o seu próprio excremento e beber a sua própria urina!

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Ele respondeu: — Vocês pensam que o rei me mandou dizer todas essas coisas somente para vocês e para o seu rei? Não! Eu estou falando também com as pessoas que estão sentadas nas muralhas e que terão de comer as suas próprias fezes e beber a sua própria urina; e vocês também vão fazer isso.