Gênesis 4:6

A história da pergunta divina que questionou a raiva de Caim

Naquele dia, Caim estava trabalhando no campo, cuidando das plantações que havia semeado. Seu irmão Abel, por sua vez, estava cuidando do rebanho de ovelhas que possuíam. Caim, porém, sentia-se incomodado com a presença do irmão, que parecia sempre ter mais sucesso em suas atividades. Enquanto Caim trabalhava duro para cultivar a terra, Abel parecia ter mais facilidade em cuidar das ovelhas, que cresciam e se multiplicavam com rapidez.

Caim sentia-se cada vez mais frustrado com a situação, e sua inveja crescia a cada dia. Um dia, quando Abel trouxe alguns dos melhores cordeiros para oferecer como sacrifício ao Senhor, Caim não conseguiu mais conter sua raiva. Ele se aproximou do irmão e o atacou com violência, matando-o ali mesmo.

Foi então que o Senhor apareceu a Caim, perguntando-lhe por que estava tão furioso e por que seu rosto estava tão transtornado. Caim, porém, não quis ouvir a voz de Deus, e respondeu com arrogância e desdém. Ele não se arrependeu do que havia feito, e ainda questionou a justiça divina, perguntando se não era ele mesmo o guardião de seu irmão.

O Senhor, porém, não se deixou levar pela raiva de Caim. Ele sabia que o coração do homem estava corrompido pelo pecado, e que a inveja e a raiva eram apenas sintomas dessa doença. Por isso, ele não condenou Caim imediatamente, mas o advertiu sobre o perigo que corria, e o aconselhou a dominar seus impulsos e a buscar a paz e a reconciliação com seu irmão.

Infelizmente, Caim não ouviu a voz do Senhor, e continuou a viver em sua raiva e desespero. Ele se afastou de sua família e de seus amigos, e passou a viver como um fugitivo, sempre temendo ser descoberto e punido pelo crime que havia cometido.

A história de Caim e Abel é uma das mais antigas e conhecidas da Bíblia, e nos ensina muitas coisas sobre a natureza humana e sobre a relação do homem com Deus. Ela nos mostra que a raiva e a inveja são sentimentos perigosos, que podem levar a atitudes extremas e destrutivas. Mas também nos mostra que Deus é um Deus de amor e misericórdia, que está sempre disposto a perdoar e a ajudar aqueles que se arrependem de seus erros e buscam a sua orientação.