Êxodo 39:3

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E bateu o ouro em finas placas das quais cortaram fios de ouro para serem bordados no linho fino com os fios de tecido azul, roxo e vermelho, obra artesanal.

Significado do Versículo

Êxodo 39:3 faz parte do relato da construção do Tabernáculo, um santuário móvel que os israelitas construíram durante sua jornada pelo deserto.

Os fios de ouro foram cortados para serem bordados no linho fino e criar um ornamento para o Tabernáculo.

O linho fino era um material de alta qualidade e durabilidade, adequado para a criação de objetos sagrados.

As cores azul, roxo e vermelho representam a realeza, a nobreza e a divindade, respectivamente.

O ouro é frequentemente associado à pureza, à santidade e à divindade na Bíblia.

A obra artesanal descrita em Êxodo 39:3 foi realizada para embelezar o Tabernáculo e honrar a Deus.

A arte e a beleza são valorizadas na adoração a Deus como uma forma de expressar amor, gratidão e reverência.

A passagem de Êxodo 39:3 pode ser aplicada à vida cristã atual como um lembrete da importância de oferecer a Deus o melhor de nossos talentos e habilidades.

Explicação de Êxodo 39:3

A arte do bordado em ouro e tecido: uma tradição milenar

O livro do Êxodo, que conta a história da libertação do povo hebreu do Egito, é rico em detalhes sobre a construção do tabernáculo, o santuário móvel que acompanhava os israelitas em sua jornada pelo deserto. Entre as muitas tarefas atribuídas aos artesãos que trabalharam na construção do tabernáculo, estava a confecção das vestes sacerdotais, que deveriam ser feitas com materiais nobres e adornadas com bordados em ouro e tecido.

O versículo 39:3 do capítulo 39 do Êxodo descreve justamente essa etapa do trabalho: a batida do ouro em finas placas, que seriam cortadas em fios para serem bordados no linho fino com os fios de tecido azul, roxo e vermelho. Essa técnica de bordado em ouro e tecido era muito valorizada no mundo antigo, e já era conhecida pelos egípcios e babilônios há milhares de anos.

Os artesãos hebreus, porém, não se limitaram a copiar as técnicas dos povos vizinhos. Eles desenvolveram sua própria tradição de bordado em ouro e tecido, que se tornou uma das marcas registradas da arte judaica. Os bordados das vestes sacerdotais eram tão preciosos que, segundo a tradição, eram feitos apenas por homens habilidosos e virtuosos, que deveriam estar em estado de pureza ritual durante todo o processo de confecção.

Além das vestes sacerdotais, os bordados em ouro e tecido eram usados em outras peças do tabernáculo, como o véu que separava o Santo dos Santos do restante do santuário. Essa técnica também foi usada na construção do Templo de Jerusalém, que substituiu o tabernáculo como centro de culto dos judeus.

Com o tempo, o bordado em ouro e tecido se tornou uma tradição não apenas religiosa, mas também secular. Os judeus continuaram a praticar essa arte em suas roupas e objetos pessoais, e ela se espalhou por outras culturas do Oriente Médio e do Mediterrâneo. Na Idade Média, o bordado em ouro e tecido se tornou uma das principais formas de arte na Europa, sendo usado em tapeçarias, vestidos de nobres e até mesmo em armaduras.

Hoje em dia, o bordado em ouro e tecido ainda é praticado em algumas regiões do mundo, como a Índia e o Paquistão, onde é conhecido como zardozi. No mundo judaico, ele continua a ser uma tradição valorizada, sendo usado em peças de vestuário e objetos religiosos. O versículo 39:3 do Êxodo, que descreve a batida do ouro em finas placas para serem bordadas em tecido, é um testemunho da riqueza e da beleza dessa tradição milenar.

Versões

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De ouro batido fizeram lâminas finas e as cortaram em fios, para serem tecidos com o pano azul, a púrpura, o carmesim e o linho fino da obra de desenhista.

3

Fizeram lâminas finas de ouro batido, que foram cortadas em fios para serem tecidos com o linho fino e com os fios de lã azul, púrpura e vermelha.